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Invisível, nunca! Os números impressionantes da indústria de eventos atestam o nosso valor

Por Malu Sevieri*

O setor de feiras e eventos de negócios, muitas vezes negligenciado em sua relevância econômica, é de maneira inconteste uma das principais indústrias do país. Não estamos diante de uma fábrica que transforma matérias-primas em produtos, mas o nosso core business está na geração de negócios a partir da organização e promoção de eventos. Enquanto celebramos o Dia da Indústria (neste 25 de maio), é oportuno não apenas reconhecer, mas também refletir sobre a diversidade e a dinâmica que definem esse segmento. 

Somos uma peça vital da economia nacional, que não só gera empregos, do mesmo modo que serve como catalisador para a cultura, o turismo e a inovação.

Parafraseando Paulo Octavio Almeida, diretor da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (Ubrafe), somos um setor invisível. Por isso, divulgar os números deste mercado é tão importante. Se não, continuaremos sendo invisíveis. 

Em 2023, o setor de feiras e eventos conquistou uma recuperação plena. Para 2024, o que há é uma expectativa de 15% de crescimento mundial. 

Dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) mostram que a previsão de faturamento para este ano é estimada em impressionantes R$ 75 bilhões. E veja bem: essa projeção está diretamente ligada a três segmentos principais: esportes, música e gastronomia.

Os eventos e seu ecossistema setorial contribuem de forma substancial para o PIB brasileiro, representando 3,8% do total e envolvendo diretamente 6,6 milhões de pessoas. Profissionais altamente especializados, como organizadores, produtores, técnicos de som e luz, encontram um vasto leque de oportunidades de trabalho em eventos de todos os portes e formatos.

Além disso, os fornecedores locais, incluindo empresas de catering, serviços de transporte e hospedagem, também desfrutam dos benefícios do fluxo de demanda gerado por essas ocasiões.

Os eventos B2B atraem anualmente cerca de 2 milhões de turistas de negócios apenas para São Paulo. As feiras de negócios, em particular, são as que mais atraem participantes, resultando em uma média de 6 mil diárias de hotéis, todos os dias, ao longo do ano, gerando aproximadamente R$ 10 bilhões.

Em 2023, o consumo estimado no setor de eventos atingiu a marca de R$ 96,7 bilhões entre janeiro e outubro, representando um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 86 bilhões). Em outubro, esse índice alcançou R$ 10,14 bilhões, marcando o melhor desempenho mensal desde que a série histórica deste indicador começou em 2019, de acordo com a Abrape.

O que não faltam são motivos para celebrar a indústria de eventos e para reconhecer o seu valor em nossa sociedade, assim como continuar apoiando seu crescimento e desenvolvimento. Que possamos olhar para o futuro com otimismo e confiantes da nossa capacidade de evoluir.

*Malu Sevieri é CEO da Emme Brasil

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